quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ontem eu faltei compromisso comigo, coisas do tempo, da cabeça...

Tenho pensado muito sobre o tempo e sobre essa eterna corrida entre o tempo e os humanos, quem é mais veloz?
Quando mais precisamos dele, ele nos deixa comendo poeira. Resolvi deixar hoje dois poemas sobre o tempo que escrevi há muito tempo e apesar do tempo, ainda é tempo.

"O tempo pára. Numa canção, numa fotografia.
Seja paixão, poesia. Tudo se liga e paralisa

Peguemos o tempo e jogue numa caixinha.
Deixemos pra lá essa idéia boba de horas e tudo mais.
Esqueça o mundo, tire férias de si, suplico

Vamos deixar o tempo esperar
Aprisionado em caixas velhas e vazias
Cheias de mofo

E escapar, se abandonar
tomar tragos da mais profunda solidão
e fazer orgias com fantasmasgozar na cara do vento
e depois chorar e fingir culpa

Quem vai saber? O que vão fazer?

O tempo pára e a gente não tem tempo pra perceber.
Prefere viver num teatro sem fantasia

Eles não querem esquecer o mundo
Não têm tempo para férias

"O tempo não pára e a gente ainda passa correndo"
Talvez o tempo não pare porque eles sempre passam correndo

Pra mim
Ele parou"

"Tempo que passa, não volta mais
não é tempo perdido
Saudosismo imensurável
Tempos senismerecem o cuidado necessário
se abandonados num asilo
aí sim, são esquecidos
vira tempo perdido
uma cova negra em nossas vidas
pessoas sepultadas no tempo
perdas que não voltam atrás
que com o tempo que passa
desfilam despercebidos pela
estação"

...

"Obras de arte são de uma solidão infinita, e nada pode passar tão longe de alcançá-las quanto a crítica. Apenas o amor pode compreendê-las, conservá-las e ser justo em relação a elas" - Rilke

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